1. |
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o mundo anda a passos largos
e o chão ainda se move
terremotos fora de hora
ciclos de perdas e ganhos
ainda resta um pouco de sol
vamos fugir do destino
antes que o oceano devore
castelos que já erguemos
abro o jornal e me deixo levar pelo fluxo das palavras
o tempo nos atinge com a força da tempestade
retire a casca e me diga o que ainda teima pulsar em nós
é carne, é fogo ou massa, pó e cal
dias que são sempre iguais
nada mais digno de nota
pinto a natureza morta
vivo o compasso do agora
ciclos de noites sem fim
eu costumava abracá-los
vivia o calor da exaustão
e compreendia os meus passos
abro o jornal e me deixo levar pelo fluxo das palavras
o tempo nos atinge com a força da tempestade
datas já não importam são só números no calendário
espelha o mundo e ganha com o peso das suas asas
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2. |
Baphyana n. 5
05:24
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3. |
HELOAH - Raízes
06:58
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4. |
Capetini - Último
06:19
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5. |
Glau Tavares - Nsisi
03:02
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6. |
j g b - Adeus Maria
02:28
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7. |
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8. |
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Ele repete as notas na luz branca, na poeira abafada da sala de música. O cheiro dos tapetes e veludos está rançoso e grave, eu já não escuto. Minha irmã mais velha ouve a história nos olhos dele. Minha irmã mais nova imagina o amanhã. Eu busco ler o agora. As moças parecem sem futuro, a velha se cansou do passado.
[Marta] - Quando falamos é como se ladrássemos à lua: não escutam o significado, apenas ouvem a melodia, o ruído, a estridência.
[Olga] - Fingem não ouvir, porque depois nos revelam com orgulho o que lhes dissemos, como se fossem ideias deles.
[Irene] - Quando será que poderemos dizer o que pensamos?
[Marta] - Quando será que pensaremos por nós mesmas o que dizemos?
[Olga] - Quando será que nossos pés farão nossos caminhos?
[Irene] - Quando é que o futuro vai nos encontrar?
[Marta] - Quando é que as peles de noite terão suas vidas?
[Olga] - Quando é que nossa dependência, servidão e cativeiro serão apenas memória?
[Coro]:
Independência, quando te conquistaremos?
Com as garras de quem ladra à lua
Numa língua nossa
Que eles terão que aprender
Ou morrer
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9. |
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Homens pintam que sabem de tudo
Mas no fundo, eles não sabem de nada
(2x)
Falam alto, pouco ouvido
Acham que não correm riscos
Fingem não ter compromisso
Nunca sofrem, se corroem
se destroem e se disfarçam depois
Homens pintam que sabem de tudo
Mas no fundo, eles não sabem de nada
(2x)
Falam forte, firme
Acham que tudo é exporte, que tudo é escolha
Fingem não ter medo da morte
Da sua bolha
Da sua folha
Da sua porra
Da merda do seu falo
Fingem não ter medo
Fingem não ter medo
Fingem não ter medo
Fingem não ter medo
Da Merda do seu falo
Eles pintam que sabem de tudo
Quero ver vir me mostrar aqui
Como é faz
Como é que tem que fazer
Vem me mostrar rapaz
Como é que faz
Como é que tem que fazer
Eu quero fazer direto
Eu não quero fazer direto
Eu posso fazer direito
Mas não vou fazer direito
Eu vou fazer esquerdo
Eu vou fazer esquerdo
Só para você!
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10. |
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Promessas da Ponta Negra
Chegada a cabos e barras
Prenúncio de Atafona
O vento daquele verão
Harmatão cruzando os campos
Dos Goytacazes
É meio dia no vale.
As sombras se esconderam
Na imensidão
a perder
de
vista
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11. |
Baphyphyna Niterói, Brazil
Baphos phynos
100% Brazilian-cracked trax
by Érica Alves
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